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Gastrite Atrófica


A gastrite atrófica corresponde a processo inflamatório crônico da mucosa gástrica, relativamente frequente nos exames de endoscopia digestiva alta, podendo se apresentar de duas formas diferentes: autoimune (tipo A) e ambiental (tipo B) com clínica, histologia e fisiopatologia diferentes. A Gastrite Atrófica Metaplásica Autoimune tem herança autossômica dominante histologicamente caracterizada pela destruição parcial ou completa da mucosa oxíntica (corpo e fundo), com consequente mudança na acidez gástrica. Tal processo, associado à maior fragilidade da mucosa atrófica, acarreta aumento do risco de neoplasias, como o adenocarcinoma. Laboratorialmente é caracterizada pela presença de anemia crônica mista (macro e microcítica), além de outras alterações hormonais. A Gastrite Atrófica Metaplásica Ambiental é adquirida, na grande maioria das vezes associada à infecção crônica pelo Helicobacter pylori, embora possa ser relacionada a fatores dietéticos. Tem distribuição multifocal, acometendo mais frequentemente o antro gástrico. Devido essas alterações pode também causar alteração dos níveis séricos do hormônio gastrina e consequente atrofia gástrica. A vigilância endoscópica encontra-se indicada sendo que os principais sistemas prognósticos que norteiam essa vigilância são o OLGA e o OLGIM sendo que ambos consideram topografia, extensão e intensidade da anormalidade da mucosa, porém com algumas diferenças entre eles a avaliação que se deseja metaplasia intestinal ou atrofia gástrica e, a partir deles, determinam a classificação em um dos cinco estádios. A vigilância endoscópica, embora ainda controversa na literatura, é recomendada para todos os pacientes com OLGA/OLGIM estádios III e IV, com realização de endoscopia digestiva alta a cada 3 anos. Recomenda-se a reposição de ferro oral e da vitamina B12 parenteral, conforme demanda, além do controle rigoroso de outros fatores de risco associados a neoplasias, como a suspensão do tabagismo e etilismo, e algumas mudanças de hábitos alimentares que passam a ser recomendadas. Mais informações sobre o diagnóstico e vigilância da gastrite atrófica e dos tumores neuroendócrinos estão disponíveis em “CURSOS ONLINE", ministrado pelo Dr Daniel Baptista, colaborador do Ambulatório do Estômago do HC-FMUSP.

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